Olá, pessoas! O filme indicado hoje muito provavelmente já foi visto por vocês – com certeza até mais de uma vez -, já que é reprisado com insistência nas Sessões da Tarde e Temperaturas Máximas da vida. Mas esse é um filme que sempre me arranca altas risadas, não importa quantas milhões de vezes eu o veja e não poderia excluí-lo desse mês de resenhas dedicadas ao Nordeste.
Baseado na peça teatral homônima escrita em 1955 por Ariano Suassuna, bem como em outras obras desse autor que é um dos mais respeitados artistas nordestinos da atualidade, O auto da compadecida conta as peripécias dos amigos Chicó, o valente mais frouxo do sertão, e João Grilo, o sertanejo mais sagaz e sabido de todos os tempos, que acaba morrendo e sendo julgado por Jesus, tendo como advogada de defesa Nossa Senhora, a Compadecida, e como acusador o Diabo.
“A compadecida” foi inicialmente feito para a plataforma de televisão, como mini séries de 4 capítulos, exibida na Rede Globo em 1999. Dado o grande sucesso que obteve, o diretor Guel Arraes (o mesmo de Lisbela e o Prisioneiro que Virgínia falou no post anterior) e a produtora Globo Filmes resolveram transformá-la em filme e levar essa história às telas de cinema, o que aconteceu no ano 2000. E mesmo já tendo sido exibida na TV, teve um público de mais de 2 milhões de expectadores no cinema, o que representa uma das maiores bilheterias do cinema nacional (esse número 10 anos atrás e para um filme nacional foi realmente expressivo).
As interpretações são impecáveis. Outra coisa não poderia ser, já que o elenco é composto por excelentes atores que sabem (e muito) fazer comédia, como Matheus Nachtergaele (João Grilo), Fernanda Montenegro (Nossa Senhora), Marco Nanini (Severino de Aracajú), Diogo Vilela (padeiro), Lima Duarte (bispo) e Selton Mello (Chicó).
Para um programa leve de domingo, não há filme melhor. E para quem se interessar, a peça original é de fácil e divertidíssima leitura, sendo bom até para quem quer ler um gênero de livro diferente. Claro que aquele viu o filme sentirá falta de algumas estórias, mas é só procurar as outras obras de Suassuna que foram incluídas na produção: “O santo e a porca” e “Tortura de um coração”.
Eu adoro esse filme, já vi várias vezes, mas me divirto igualmente em todas elas, e o melhor, um filme nacional! Temos que prestigiar o que temos de bom né gente, adorei o post! Bjo!
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