quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Em Cartaz: A Rede Social

Sinopse: Em uma noite de outono, em 2003, graduado em Harvard e gênio em programação de computadores Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) se senta em seu computador e começa a trabalhar em uma nova ideia. No furor dos blogs e programação, o que começa em seu quarto logo se torna uma rede social global e uma revolução na comunicação. Em apenas seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Mark Zuckerberg é o mais jovem bilionário da história... Mas para este empresário, o sucesso traz complicações pessoais e legais.

Ficha Técnica:
Título Original: The social Network
Gênero: Drama
Duração: 121 minutos
Direção: David Fincher
Roteiro: Aaron Sorkin
Elenco: Jesse Eisenberg; Andrew Garfield; Justin Timberlake; Armie Harmmer; Brenda Song; Max Minghella; etc.
Distribuidora: Sony Pictures Entertainment / Columbia Pictures

Baseado na obra de Ben Mezrich, "Bilionários por Acaso – a Criação do Facebook", o filme conta a história por trás do surgimento do Facebook, ao mesmo tempo em que trata dos problemas e consequências que a nova geração virtual tem que lidar.

Apesar das controvérsias acerca da veracidade ou não das informações contidas no filme - Mark Zuckerberg afirma que o filme é uma ficção - não há como sair do cinema sem aquela sensação de que muita coisa ali deve realmente ter acontecido.

O filme começa com um diálogo intenso entre Zuckerberg (Jesse Eisenberg) e Erica Albright (Rooney Mara). E este vai ser um dos pontos altos e marcantes de todo o filme: diálogos extremamente bem construídos, daqueles que te fazem prender a respiração e não querer piscar os olhos para não perder nada.

Isso porque Zuckerberg foi retratado como uma pessoa que pensa e fala rápido demais, (quem sabe se ele é realmente assim na vida real) trava discussões inteligentes, muitas vezes com termos bastante técnicos que só serão realmente capazes de entender os gênios da informática. Os demais - como eu - apenas conseguirão absorver a compreensão geral de suas ideias - o que já é suficiente para entender o filme - de maneira que nem adianta ficar tentando quebrar demais a cabeça, eu lhes garanto, isso não é necessário!

Mas apesar desses diálogos, as reações e a maneira de falar de Zuckerberg são sempre as mesmas, com arrogância e calma. Vocês perceberão que em momento algum ele se altera, chega a ser irritante, agonizante, até você se acostumar. E aqui eu tenho que dar palmas a Jesse Eisenberg. Se eu tinha lá minhas dúvidas quanto a esse menino que não me impressionava muito, tive que tirar o chapéu para ele nesse filme!! Ele construiu um personagem de forma que chega a perfeição, e nada menos!!

Voltando a história, o filme alterna - sem avisos - entre presente e passado. Vemos todo o contexto a partir do qual surgiu a ideia de criação do Facebook - tudo começou depois do pé na bunda que Zuckerberg levou da Erica Albright no começo do filme -; intercalando com as sessões de conciliação entre Zuckeberg e seu ex-melhor amigo e co-criador do Facebook, o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), bem como com as sessões de conciliação entre os gêmeos Winklevoss (Armie Hammer) e seu sócio, em face de Zuckerberg e Eduardo.

E aqui mais uma vez é preciso destacar atuação de dois atores que também deram um show a parte no filme: Andrew Garfield, que interpretou o melhor amigo traído de Mark Zuckerberg, o brasileiro co-criador do Facebook Eduardo Saverin; e Armie Hammer, o qual interpretou Tyler e Cameron Winklevoss, dois gêmeos filhinhos de papai, com personalidades distintas, que acreditam que a ideia originária do Facebook é deles. Eu juro que durante o filme até achei que eles eram gêmeos de verdade de tão boa que foi a atuação....huahauhauahauahuahauahua.

Este é tipo do filme que o seu forte é o roteiro, os diálogos e os personagens, uma história tão bem construída que te prende de uma forma que você não precisa nem de romance, nem de bombas explodindo para tanto. É um filme inteligente. Além de um deleite para a geração nerd, que com certeza vai se sentir em casa.

Daí a importância do filme ter tratado, dentro da história principal, de problemas graves que surgiram juntamente com esse boom da internet, principalmente dos blogs e das redes sociais. Dentre tais problemas, o que recebeu maior destaque foi o bullying virtual, uma prática que, como a maioria deve saber, não é tão nova assim, mas que vem tomando uma nova roupagem e uma maior abrangência e relevância com a expansão dos blogs e das redes sociais.

Este, como é possível perceber, é um filme que é um verdadeiro prato cheio para os amantes da internet, e para aqueles que estavam com saudades de um filme inteligente e bem construído. Não é a toa que vem sendo aclamado pela crítica, recebendo ao todo seis indicações aos Critics' Choice Awards 2011 (Globo de Ouro 2011). Não deixem de conferir nos cinemas.

Vejam o trailer:

2 comentários:

  1. Ai eu quero assistir *-*,
    Adoro o David Fincher e acredito que realemtne esse filme deve ser muito bom....

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  2. Quero muito assistir !
    A resenha ficou show !

    Bjs

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