terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Outra Rainha - Philippa Gregory (Tudors #6)





 



Título Original: The other queen
Autor: Philippa Gregory
ISBN: 8501088021
Gênero: Romance histórico
Páginas: 420
Editora: Record 


Sinopse: “‘No more tears. Now I will think upon revenge.A famosa frase atribuída a Maria Stuart, rainha dos escoceses, ilustra bem porque é considerada uma das mais controversas personagens da história. Ora retratada como uma mulher romântica e fervorosa, outras como uma manipuladora leviana, Maria sempre atraiu  a atenção de biógrafos e escritores de ficção histórica. Mas muitos negligenciam os anos de cativeiro da rainha, quando confiou na promessa de santuário oferecido por Elizabeth I. 

Com o talento para recriação histórica que conquistou milhares de fãs mundo afora, Philippa Gregory ficcionaliza este episódio pouco conhecido da vida de Maria Stuart em A outra rainha. Em 1568, após fugir de lordes escoceses revoltosos, Maria é colocada  sob custódia de George Talbot, Conde de Shrewsbury, e sua mulher, Bess de Hardwick. O jovem casal recepciona Maria em sua casa certos de que o papel de carcereiros e anfitriões aumentará sua influência na corte elizabetana. Mas vêem que a tarefa acabará por fali-los. 

Pior: a presença da monarca na propriedade em Derbyshire transforma o local em um ninho de intrigas políticas e potencial traições. George, até então leal à coroa inglesa, se apaixona por Maria Stuart. Secretamente, Bess se reporta ao chefe de espiões de Elizabeth, William Cecil. Se o conde cair na rede de sedução de Maria e William descobrir provas que os ligue a crescente conspiração para libertar a monarca, ambos podem acabar no cadafalso. Maria habilmente joga um contra o outro, enquanto planeja sua própria fuga.

Narrado através das perspectivas desses três personagens tão diferentes — Bess, mulher forte e independente; George, um homem honrado e extremamente leal a Elizabeth; e a própria Maria da Escócia —, A outra rainha é uma trama repleta de suspense, paixão e segredos palacianos. A Inglaterra dos Tudors ganha vida pela pena de uma das mais elogiadas autoras de ficção histórica da atualidade. Philippa Gregory, considerada a dama do romance histórico, mostra que é possível romancear o passado, sem desafiar a historiografia”.

Quem é fã de Philippa Gregory e acompanha a serie Tudor não vai se decepcionar com o livro A Outra Rainha. Esse é mais um romance que confirma o talento que essa autora tem para criar romances históricos.

A sinopse já mostra qual a história do livro, então vou usar a resenha apenas para expor minha opinião sobre esse romance.

Seria clichê falar que Maria Stuart é “uma mulher forte, determinada e blablablá”. A personalidade dela vai além disso. Ela, assim como Catarina de Aragão (leia a resenha do livro A Princesa Leal aqui), apesar de serem completamente diferentes, tem algo em comum: foram criadas para serem rainhas. A independência, a determinação, e até mesmo a arrogância delas parece ser algo inato. Maria não espera pelos outros, ela é a força motriz de sua própria vida.

“Sou rainha três vezes, pois nasci rainha da Escócia, filha do rei Jaime V da Escócia, casei-me com o delfim da França e herdei a Coroa francesa com ele, e sou, por direito, a única herdeira verdadeira e legítima do trono da Inglaterra, sendo a sobrinha-bisneta do rei Henrique VIII da Inglaterra, embora sua filha bastarda, Elizabeth, tenha usurpado meu lugar. ” 
Página 14


Esse é um livro recheado de mulheres fortes, uma vez que Elizabeth I, a rainha virgem, também é descrita como alguém que conhece todas as maldades e trapaças da Corte e sabe muito bem como lidar com os inimigos.

George, Conde de Shrewsbury, é um fofo. Ele é aquele tipo de homem que, se pudesse, vestiria uma armadura brilhante e salvaria a donzela em perigo. Gostei demais dele! O coitado passou o livro todo tendo que dividir sua lealdade entre duas rainhas: Elizabeth e Maria.

A rivalidade entre as primas Maria e Elizabeth é evidente. Ambas sabem que qualquer passo em falso pode lhes custar não apenas o trono da Inglaterra, mas também suas vidas. Não podemos esquecer que o costume dos Tudors é garantir o trono eliminando os rivais.

"Mas ela é lenta, oh, Deus! Ela é tão lenta! Ela é tão pachorrenta quanto um homem estúpido, e não consigo aturar lentidão e estupidez.” (Maria se referindo a Elizabeth)
Página 15


Philippa Gregory mostra como a política palaciana era delicada e perigosa naquela época. Aqueles eram tempos em que irritar o soberano poderia causar a ruína completa ou a própria morte. Essa é uma das coisas mais legais no livro, tentar imaginar qual a próxima intriga que vai abalar a Corte e quais as repercussões que isso vai causar na vida dos personagens.

“Espanta-me o fato de eu, o conde mais importante da Inglaterra, e Howard, o único duque da Inglaterra, precisarmos temer bisbilhoteiros. Mas assim é. É nisto que a Inglaterra se transformou no décimo ano do reinado de Elizabeth: um lugar em que o homem tem medo da própria sombra. E nesses últimos dez anos, minha Inglaterra parece ter-se enchido de sombras”.
Página 12


Existe um triângulo amoroso na história formado por Maria, George e Bess, mas prefiro não comentar sobre isso porque tenho medo de soltar algum spoiler. Leiam para saber o que vai acontecer. =P

Enfim, a serie inteira é muito boa e recomendo a leitura de todos os livros. Ah! Também acho as capas lindas, principalmente de A Outra Rainha.


OBS: Para saber mais sobre a vida de Maria Stuart, clique aqui



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