Olá pessoal! Hoje eu não vim falar de séries, mas sim de um dos meus livros favoritos: Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie. Para quem não sabe, essa quinta-feira, dia 15, Agatha completaria 120 anos, e essa foi a forma que encontrei para homenageá-la – comentar e sugerir a leitura de um de seus livros. Então vamos lá:
Título original: Murder on the Orient Express
Autor: Agatha Christie
Tradução: Archibaldo Figueira
Editora: Nova Fronteira
ISBN: 8520912443
Edição: 21
Número de Páginas: 223
Olhem a sinopse:
Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Um americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.
Agatha Christie é uma autora conhecida por seus romances policiais (tanto que é chamada de “Rainha do crime” e “Duquesa da morte”), tendo escrito mais de 80 livros! E esse é, em minha opinião, um dos melhores. Escrito em 1933, Assassinato no Expresso do Oriente tem como personagem principal o detetive belga Hercule Poirot – um dos personagens mais famosos de Agatha -, que, por um acaso, se vê em meio a uma tragédia: um homem é achado morto no trem em que viajava, claramente assassinado, mas sem qualquer indício concreto para se encontrar o verdadeiro assassino. E Monsier Hercule Poirot, usando suas “células cinzentas” com a devida “ordem e método”, parte em busca de pistas para solucionar o caso.
Poirot é um personagem icônico para os amantes de livros policiais. Não há como não gostar do detetive baixinho, nada modesto, sempre alinhado e com bigode curvo, muito bem cuidado e de pontas viradas para cima. Poirot tem a filosofia de que para achar o culpado, basta fazer as perguntas certas e pensar – ele diz que pode resolver um crime sentado em sua poltrona (eu disse que ele não é modesto!).
Pelas características do personagem, já podemos prever o nível (bem alto) do livro, não é mesmo? Agatha escreve de uma forma que não há como descobrirmos o assassino antes do final. E em Assassinato no Expresso do Oriente ela se superou. Foi o desfecho mais imprevisível que eu já li! É por isso que gosto tanto desse livro.
"Expresso do Oriente" é escrito em três partes: I- os fatos; II- os testemunhos; e III- Hercule Poirot pára para pensar. Isso ajuda muito quem o lê a entender o final e o modo que Poirot trabalha. E por ser o narrador neutro (há livros da série em que o narrador é Hastings, amigo de Poirot, que o acompanha nas aventuras e sempre dá suas impressões sobre os casos e o próprio detetive), o leitor se envolve mais na história, como se estivesse também dentro do trem (bem, essa foi a sensação que eu tive).
Com um pouco de medo de entregar o ouro, digo pra prestarem atenção na pessoa do morto e nos detalhes entregues durante o enredo. Pronto. É a única coisa que posso falar.
Bem, é isso pessoal. Espero que vocês tenham gostado da recomendação. Para aqueles que gostarem dessa história sugiro que continue a "série" de Poirot, que tem 39 livros. Os que eu mais gosto (além de Expresso do Oriente, claro) é Treze à mesa, Morte no Nilo e Cai o pano (que é o último). Cada livro conta um caso resolvido pelo detetive e, por isso, não há uma sequência. Então, não há problema em lê-los fora de ordem ou deixar de ler algum.
Para finalizar, um trecho do livro que está na contracapa da edição (antigona) que eu tenho e que resume bem o sentimento dos passageiros do trem vendo Poirot trabalhar:
“Conheço sua reputação. Conheço alguns de seus métodos. Este é um caso ideal para você. Levantar e descobrir os antecedentes de todas essas pessoas – tudo que toma tempo e de uma inconveniência sem fim. Mas não tenho eu ouvido você dizer freqüentemente que para resolver um caso tem que somente sentar-se em sua cadeira e pensar? Faça isso. Entreviste os passageiros, veja o corpo, examine os indícios e então – bem, eu confio em você”
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