Olá, pessoas! A dica de cinema deste domingo é para aqueles que já riram com piadas de advogados. Nunca escutou uma? Então aí vai um exemplo: “Certo dia estavam dois homens caminhando por um cemitério quando depararam-se com uma sepultura recente. Na lápide lia-se: 'Aqui jaz um homem honesto e advogado competente'. Ao terminar a leitura um virou-se para o outro e disse: - Desde quando estão enterrando duas pessoas juntas na mesma cova?” Quando você vir esse filme... bem, você vai rir mais um pouco.
“O homem que fazia chover” (The Rainmaker) é baseado no livro homônimo do americano John Grisham, um ex-político e advogado aposentado, famoso por escrever livros que giram em torno do tema da advocacia, principalmente no confronto entre jovens advogados com sede de justiça e grandes firmas corruptas e manipuladoras do sistema.
E esta é justamente a base de The Rainmaker. O recém-formado advogado Rudy Baylor (o ainda jovem Matt Damon) consegue um emprego no escritório de advocacia do fraudulento Bruiser Stone (interpretado por um Mickey Rourke ainda pouco “plastificado”) e tem como primeiro trabalho um tumultuoso caso contra uma grande empresa de seguros que é defendida por uma grande (e cara) equipe de advogados, liderada pelo tarimbado Leo Drummond (o ainda coroa enxuto Jon Voight).
Baylor recebe a ajuda do assistente/estagiário/faz-tudo de Bruiser, Deck Shifflet (o incrível Danny DeVito), que se torna o seu “mentor” nas artes das trevas da advocacia. Shifflet é especialista em casos contra seguros e também em aliciamento de clientes e reprovações no Exame de Ordem (já foi reprovado 6 vezes!).
Em uma de suas aulas de aliciamento de clientes em hospitais, Baylor conhece Kelly Riker (Claire Danes), uma jovem que apanha constantemente do marido, mas que tem medo de se divorciar. Baylor logo se apaixona e decide protegê-la, iniciando assim um romance bem conturbado.
E é assim que ele parte pra batalha judicial de sua vida: com uma equipe defasada e a vida pessoal bem atribulada. Para piora a situação ele se afeiçoa a seus clientes, o que deixa o trabalho ainda mais difícil, pois envolve questões delicadas de vida ou morte – o pobre casal não consegue obter de uma companhia de seguros a quantia suficiente para realizar a cirurgia do filho - o menino tem leucemia e precisa de um transplante de medula óssea para voltar a ter uma vida normal.
As chances de Rudy são praticamente nulas, até que ele encontra uma pista de corrupção que pode levá-lo à única possibilidade de ganhar a causa: descobrindo e expondo a verdade.
O bom desse filme é que ele mostra que podem existir bons e maus advogados, mas que é tudo questão de sobrevivência nesse sistema judicial tão falho - onde quer que seja. A justiça nem sempre é o desejo de todos e existe sempre aquele que usa o Direito para fazer valer seus interesses. E Grisham é bem realista quanto a isso e é assim, com uma visão BEM realista das coisas, que ele termina essa história.
Vale lembrar que no Brasil as causas cíveis não funcionam da maneira mostrada no filme – aqui, as idéias são discutidas no papel, no processo, quem resolve a causa é o juiz e não um júri (este somente entra em cena quando há crimes dolosos contra a vida, ou seja, matéria penal e bem restrita), e que não usamos precedentes como base de argumentação, mas sim a lei. Mas isso não quer dizer que não haja manipulação no sistema, infelizmente.
Voltando ao filme. Ele foi dirigido pelo ganhador do Oscar Francis Ford Coppola, que conseguiu tirar ótimas interpretações de todos os atores. A única coisa ruim é que ele deixou o filme um pouco devagar. Algumas cenas desnecessárias e outras demoradas demais desviam constantemente o foco do clima de pressão que o protagonista está sofrendo.
Porém, a fotografia é espetacular. As cenas no tribunal são magistrais, todas parecendo uma pintura digna de se pendurar na sala. E o figurino também é digno de menção. Todos os advogados da seguradora com seus ternos impecáveis e Rudy com um único traje - prestem atenção que ele passa a maior parte do filme com uma gravata só (azul escura com bolinhas brancas) -, além de Shifflet estar sempre amarrotado.
Apesar dos pesares, “O homem que fazia chover” é um bom filme. E para quem é da área é uma ótima aula de punitive damages. Vale a pena ver, nem que seja pra ficar com mais raiva ou ter pena de nós, pobres advogados...hehehe
Bem, fica aí a dica.
John Grisham teve vários de seus livros transformados em filmes, como por exemplo, “A Firma”, “O Dossiê Pelicano”, “O Júri” e “Tempo de Matar” e todos são nesse estilo. Pra quem busca um presente de amigo secreto nesta época de confraternizações de Natal, tanto os livros como os filmes são uma boa compra, principalmente se seu amigo trabalhar com Direito.
E pra quem gosta de séries jurídicas, indico Justiça sem Limite (FOX), Law and Order e The Good Wife (Universal Channel).
Bom fim de semana!!
“O homem que fazia chover” (The Rainmaker) é baseado no livro homônimo do americano John Grisham, um ex-político e advogado aposentado, famoso por escrever livros que giram em torno do tema da advocacia, principalmente no confronto entre jovens advogados com sede de justiça e grandes firmas corruptas e manipuladoras do sistema.
E esta é justamente a base de The Rainmaker. O recém-formado advogado Rudy Baylor (o ainda jovem Matt Damon) consegue um emprego no escritório de advocacia do fraudulento Bruiser Stone (interpretado por um Mickey Rourke ainda pouco “plastificado”) e tem como primeiro trabalho um tumultuoso caso contra uma grande empresa de seguros que é defendida por uma grande (e cara) equipe de advogados, liderada pelo tarimbado Leo Drummond (o ainda coroa enxuto Jon Voight).
Baylor recebe a ajuda do assistente/estagiário/faz-tudo de Bruiser, Deck Shifflet (o incrível Danny DeVito), que se torna o seu “mentor” nas artes das trevas da advocacia. Shifflet é especialista em casos contra seguros e também em aliciamento de clientes e reprovações no Exame de Ordem (já foi reprovado 6 vezes!).
Em uma de suas aulas de aliciamento de clientes em hospitais, Baylor conhece Kelly Riker (Claire Danes), uma jovem que apanha constantemente do marido, mas que tem medo de se divorciar. Baylor logo se apaixona e decide protegê-la, iniciando assim um romance bem conturbado.
E é assim que ele parte pra batalha judicial de sua vida: com uma equipe defasada e a vida pessoal bem atribulada. Para piora a situação ele se afeiçoa a seus clientes, o que deixa o trabalho ainda mais difícil, pois envolve questões delicadas de vida ou morte – o pobre casal não consegue obter de uma companhia de seguros a quantia suficiente para realizar a cirurgia do filho - o menino tem leucemia e precisa de um transplante de medula óssea para voltar a ter uma vida normal.
As chances de Rudy são praticamente nulas, até que ele encontra uma pista de corrupção que pode levá-lo à única possibilidade de ganhar a causa: descobrindo e expondo a verdade.
O bom desse filme é que ele mostra que podem existir bons e maus advogados, mas que é tudo questão de sobrevivência nesse sistema judicial tão falho - onde quer que seja. A justiça nem sempre é o desejo de todos e existe sempre aquele que usa o Direito para fazer valer seus interesses. E Grisham é bem realista quanto a isso e é assim, com uma visão BEM realista das coisas, que ele termina essa história.
Vale lembrar que no Brasil as causas cíveis não funcionam da maneira mostrada no filme – aqui, as idéias são discutidas no papel, no processo, quem resolve a causa é o juiz e não um júri (este somente entra em cena quando há crimes dolosos contra a vida, ou seja, matéria penal e bem restrita), e que não usamos precedentes como base de argumentação, mas sim a lei. Mas isso não quer dizer que não haja manipulação no sistema, infelizmente.
Voltando ao filme. Ele foi dirigido pelo ganhador do Oscar Francis Ford Coppola, que conseguiu tirar ótimas interpretações de todos os atores. A única coisa ruim é que ele deixou o filme um pouco devagar. Algumas cenas desnecessárias e outras demoradas demais desviam constantemente o foco do clima de pressão que o protagonista está sofrendo.
Porém, a fotografia é espetacular. As cenas no tribunal são magistrais, todas parecendo uma pintura digna de se pendurar na sala. E o figurino também é digno de menção. Todos os advogados da seguradora com seus ternos impecáveis e Rudy com um único traje - prestem atenção que ele passa a maior parte do filme com uma gravata só (azul escura com bolinhas brancas) -, além de Shifflet estar sempre amarrotado.
Apesar dos pesares, “O homem que fazia chover” é um bom filme. E para quem é da área é uma ótima aula de punitive damages. Vale a pena ver, nem que seja pra ficar com mais raiva ou ter pena de nós, pobres advogados...hehehe
Bem, fica aí a dica.
John Grisham teve vários de seus livros transformados em filmes, como por exemplo, “A Firma”, “O Dossiê Pelicano”, “O Júri” e “Tempo de Matar” e todos são nesse estilo. Pra quem busca um presente de amigo secreto nesta época de confraternizações de Natal, tanto os livros como os filmes são uma boa compra, principalmente se seu amigo trabalhar com Direito.
E pra quem gosta de séries jurídicas, indico Justiça sem Limite (FOX), Law and Order e The Good Wife (Universal Channel).
Bom fim de semana!!
Parece ser bem divertido e interessante o filme. O Título não me é estranho, não sei se do livro ou do filme, mas algum dia gostaria de ver esse filme.
ResponderExcluirMika ;*
Adorei a dica!! ADORO filmes assim! E quando o assunto é julgamentos e subterfúgios jurídicos, John Grishman é o cara!!
ResponderExcluirBeijos meninas!!
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