domingo, 20 de fevereiro de 2011

Em Cartaz: Burlesque

Olá, queridos leitores! Hoje a crítica é sobre o novo filme da diva-mor Cher: Burlesque. No cartaz tem escrito ”É preciso uma lenda para criar uma estrela”, frase que resume bem esta tão aguardada película

"Burlesque" gira em torno de Ali (Christina Aguilera), uma garota do interior ciente do tamanho do talento que possui e que resolve ir para Los Angeles em busca de uma vida melhor. Ali chegando encontra uma boate burlesca e se encanta. Então, decide “se convidar” para trabalhar lá, inicialmente como garçonete, mas aproveita uma chance e consegue o tão sonhado emprego de dançarina da boate, cuja dona é ninguém menos que Tess (Cher), uma cantora veterana apaixonada pela arte burlesca e por sua boate. O clube está passando por graves problemas financeiros e Tess vê em Ali uma chance de fugir da falência e passa, então, a investir no talento dela, transformando-a na nova estrela do show.

O filme conta ainda com as participações de Eric Dane (Mark “McSteamy” Sloan, de Grey’s Anatomy), Kristen Bell (Veronica Mars, de V.Mars), Peter Gallagher (Sandy Cohen, de The O.C.), Cam Gigandet (Kevin Volchok, de The O.C.; James, de Crepúsculo) – tem muito ator de série nesse filme! -, Alan Cumming (Pee Wee Herman) e Stanley Tucci.

Esse filme foi anunciado como a estréia de Aguilera como atriz e a volta de Cher aos cinemas. Por ser ambientado num ambiente burlesco, pensei que seria uma coisa mais adulta, mais espetacular, mais performática, contudo, no fim, a primeira coisa que pensei foi “Chris deveria continuar cantando e Cher deveria ter escolhido melhor sua reestréia”. Daí me lembrei de olhar a faixa etária que lhe foi atribuída: 12 anos. Estava explicado: ele foi feito para ser um filme família.

Olhando sob esse prisma, “Burlesque” é um bom filme para aquilo que ele se propõe, ou seja, entreter. Realmente é um ótimo entretenimento. As apresentações das meninas na boate foram muito bem feitas, com ótimas coreografias e todas muito bem executadas, além de termos a certeza de que as vozes de Christina e Cher nunca decepcionam - e realmente não decepcionaram. O problema está no roteiro e nas interpretações.

Acho que Cher se viu no meio de várias pessoas inexperientes e não se esforçou muito – quem já viu outros filmes com ela sabe que ela pode fazer melhor. Além disso, ela não recebeu o destaque que deveria durante o filme. Ela só fez duas míseras apresentações! Excelentes apresentações, mas só foram duas! Fiquei com a sensação que a diva serviu mais de escada que de protagonista, infelizmente.

E outra: Stanley Tucci estava fazendo o mesmo personagem que fez em "O Diabo veste Prada". Assistente/amigo gay da chefa que ajuda a novata a melhorar seu desempenho e sair da obscuridade. Eu estava vendo a hora alguém errar e chamar ele de Nigel. Juro! (Ah, o nome dele em Burlesque é Sean). Também fiquei com a sensação de que ele não rendeu o que poderia render.

O roteiro está focado na personagem de Christina Aguilera, que como atriz é uma extraordinária cantora. Não me entendam mal. Ela não foi tão ruim para a primeira vez – foi até melhor que muita gente por aí (vide Britney Spears em Crossroads. Melhor, NÃO vejam.). É que é notável que ela se sente mais à vontade nos palcos do que na tela. Aliás, quem vê Aguilera em sua atual figura se surpreende com suas performances - parecia a jovem e magrinha pop star do início da carreira. Quando sobe no palco do clube pra cantar, ela brilha de uma forma hipnotizante, tanto que você fica o filme todo torcendo para que ela pare de falar e cante! E o melhor de tudo é que esse estilo de música cai muito bem no seu tom e estilo de cantar (ela já tinha experimentado algo parecido quando lançou o ótimo single CandyMan - não sei porque ela agora inventou de imitar Lady Gaga no atual disco Bionic.... Tá. Momento fã acabou. ;p)

Ah, vale aqui uma observação: Burlesque NÃO é um musical. É apenas um filme com apresentações musicais. Seria até melhor que fosse um musical – os talentos das protagonistas seriam bem melhor aproveitados -, mas infelizmente não o é. Não entendi porque o classificaram assim, mas está mais para drama que para musical. Enfim, voltando à crítica.

A história central realmente é bem clichê – e não se nota nenhuma tentativa de fugir dele. Quem assistiu a Show Bar (com Tyra Banks e Piper Perabo) vai sentir uma leve, digo, pesada semelhança. A novidade é o tema burlesco, que agora já não é mais tão novidade assim, né? Se esse filme tivesse sido lançado há três ou quatro anos, aí sim! E esse foi um erro de timming imperdoável, já que o diretor/roteirista Steven Antin é IRMÃO de Robin Antin, simplesmente a dona das Pussycat Dolls, trupe de dançarinas que popularizou o estilo burlesco e que fez grande sucesso com músicas pop sensuais e teve milhares de discos vendidos ao redor do mundo – isso tudo quatro anos atrás. Não conhece as Pussycats? Clique aqui e veja a música que as fez estourar (Don’t Cha) e aqui pra ver a participação que elas fizeram no filme As Panteras Detonando.

Apesar dos pesares, como disse antes, é um ótimo entretenimento. O erro foi meu de ter ido assisti-lo com uma expectativa equivocada. Com certeza você vai sair do cinema rindo, leve e com vontade de aprender a dançar. No final das contas vale a pena assistir sim. Para ver o trailer clique aqui.

É isso, pessoal. Bom domingo!!

2 comentários:

  1. Eu sempre fico com receio quando uma cantora inventa que quer ser atriz, e pela experiencia com Britney Spears e Mariah Carey nao podemos experar muito de Christina Aguilera.

    Cher é uma excessão pq ela até ja ganhou Oscar mas acho que ela errou feio em apostar nesse filme.

    Adoro o burlesco mas odiei Burlesque!!

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  2. Eu adorei esse filme, absolutamente chlichê, é verdade, me senti assistindo Show bar rs... mas mesmo assim o filme me ganhou, não sei explicar como, mas já assisti 3 vezes.
    As músicas são ótimas ^^
    beijos
    Livros e blablablá

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