domingo, 13 de março de 2011

Em cartaz: Bruna Surfistinha

Olá, pessoas! Hoje a crítica é de um dos filmes mais aguardados do semestre: Bruna Surfistinha. Vamos à sinopse: Raquel (Deborah Secco) era uma jovem da classe média paulistana que tinha uma relação difícil com a família e não se enturmava muito com o pessoal do colégio. Um dia ela tomou a decisão de fugir de casa e virar garota de programa para nunca mais depender financeiramente de ninguém. Virou então a Bruna Surfistinha e foi subindo na “carreira”, ganhando destaque (e clientes) ao contar suas aventuras profissionais num blog. Porém, a riqueza inicialmente pretendida foi ficando cada vez mais longe por causa do envolvimento com drogas e dos gastos desenfreados que vão levando-a a derrocada.

Esse filme foi baseado no livro “O doce veneno do escorpião”, escrito pela própria Raquel Pacheco, conta com a direção de Marcus Baldini, roteiro de Antonia Pelegrinno, Homero Olivetto e José Carvalho, e, além de Deborah Secco no papel principal, tem no elenco Drica Moraes, Cássio Gabus Mendes, Fabíula Nascimento, Cristina Lago e Guta Ruiz, dentre outros.

Bem, antes de qualquer coisa, tenho que deixar registrados os meus parabéns à Deborah Secco. Realmente esse foi o papel da sua vida. Ela conseguiu construir a personagem e transmitir com clareza ao espectador a mudança de adolescente de classe média à prostituta deslumbrada e depois drogada decadente. Deborah mostrou porque é uma atriz respeitada e com certeza é o destaque desta película. Aliás, todos os atores coadjuvantes também estão muito bons. A protagonista teve um ótimo elenco de apoio e acho que isso contribuiu para abrilhantar anda mais sua atuação.

Outro destaque é a trilha sonora. Marcada pela ótima escolha de músicas, a trilha consegue acompanhar aquilo que está sendo passado na tela, desde solidão e tristeza até alegria frenética. A música ‘fake plastic trees’ do Radiohead caiu como uma luva. Valeu à pena deixarem a banda assistir ao filme antes de todo mundo para conseguir incluí-la na trilha.

Entretanto, “Bruna Susfistinha” não é um bom filme. A história não é bem amarrada, deixa algumas tramas infindas ou mal explicadas e algumas seqüências são meio forçadas. O diretor dá claros sinais de inexperiência em longas-metragens, pois se demora em determinados detalhes sem precisão e enche o filme com cenas inúteis. Só no finalzinho (quando ela está prestes a ter a overdose) ele dá sinais de melhora, mas aí já se passaram quase 2h de filme, cujo final mesmo é bem decepcionante.

Pelo que li de comentários sobre o filme, ele não tem muita coisa a ver com o que Pacheco escreveu em “O doce veneno do escorpião”. Então, não seria um filme baseado, mas sim, inspirado na história da Bruna Surfistinha. Infelizmente, não li o livro pra contestar essa informação. Quem leu, por favor, escreva nos comentários sua impressão.

Bem, pessoal, é isso. O filme não é nada demais. Como disse, o destaque é a atuação de Deborah Secco. Mas não posso negar que ele é totalmente despido de preconceitos sobre prostitutas – o filme foi conduzido de forma imparcial e tenho que dar esse ponto ao diretor. No fim, é um “leve” entretenimento para adultos (as cenas de sexo e uso de drogas não são nada implícitas).

Para ver o trailer clique aqui.

Bom domingo para todos!

3 comentários:

  1. Ótima resenha, Prix.

    Talvez um dia eu me anime a assistir esse filme.

    =*

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  2. Fiquei com vontade de assistir para confirmar a atuação da Deborah Seco rsrsrs

    Bjs

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  3. Eu li o livro da Raquel há muito tempo e gostei, e essa adaptação era muito esperada por mim.

    Realmente a história da Bruna como é contada no livro não é a mesma que foi mostrada na tela, o livro tem um clima mais denso principalmente com a historia dela com os pais, que para mim é o ponto focal do livro e tambem do filme por consequencia.

    Gostei muita da Deborah secco, nao minto que no começo nao gostei dela para o papel pois achava ela muito popular e eu nao saberia se deixaria de enchergar a deborah e ver a Bruna no filme, mas no fim deu tudo certo e ela merece ser reconhecida pelo seu papel.

    Bem não sei julgar se Bruna Surfistinha é um filme ruim, eu sinceramente gostei muito do filme e a música do Radiohead no final foi incrivel fiquei toda arrepiada no fim do filme.

    Se vcs nao sabem os caras do Radiohead so liberaram a música quando assisitram o filme, bem eu acho que eles gostaram né.

    Gostei mto da sua resenha Pri =D

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