Édipo com certeza é um dos personagens mais conhecidos da tragédia grega, muito por ser objeto de estudo da psicanálise (o famoso complexo de Édipo), e também por protagonizar uma das histórias mais polêmicas da literatura clássica.
Existem várias versões para o mito de Édipo, mas a que nos
chegou intacta foi a versão escrita por Sófocles, grande escritor de tragédias
ao lado de Ésquilo e Eurípedes.
Titulo: Edipo Rei
Autor: Sofocles
Tradutor: Trajano Vieira
Editora: Perspectiva
ISBN: 8527302632
Ano de Lançamento: 2001
Número de páginas: 192
Autor: Sofocles
Tradutor: Trajano Vieira
Editora: Perspectiva
ISBN: 8527302632
Ano de Lançamento: 2001
Número de páginas: 192
A história começa quando Tebas esta passando por uma peste e
o Rei, Édipo, fica desesperado pelo sofrimento do seu povo e manda seu cunhado
Creonte ir consultar o Oráculo com a esperança de que o mesmo dê a solução para
o problema da praga, quando Creonte retorna o mesmo informa que o oráculo disse
que a praga será eliminada se o assassino do rei anterior, Laio, seja punido
com a morte ou exílio.
A partir deste evento Édipo fica determinado a descobrir
quem foi o assassino de Laio, em contrapartida ele tem que lidar com a noticia
de que seu Pai, o rei de Corinto, morreu e ele será dono do trono, a partir
deste momento ele recorda de quando consultou o oráculo e o mesmo disse que ele
iria matar o pai e deitar com mãe, Édipo com medo de que essa profecia se
realize foge de Corinto e acaba em Tebas, onde ele derrota a esfinge que
assolava a cidade e se torna Rei, casando com a viúva de Laio, Jocasta.
Édipo Rei discute vários temas da sociedade grega da época,
a religião e o quanto os deuses interferem na vida das pessoas, o poder e
principalmente em como não podemos escapar do destino.
Não é fácil ler clássicos, principalmente os de origem grega,
são livros traduzidos com extremo cuidado e que demandam uma leitura e
releitura para total entendimento, mas neste caso falo por mim.
Título no Brasil: Édipo Rei
Título Original: Edipo re
País de Origem: Itália / Marrocos
Tempo de Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento: 1967
Direção: Pier Paolo Pasolini
Título Original: Edipo re
País de Origem: Itália / Marrocos
Tempo de Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento: 1967
Direção: Pier Paolo Pasolini
Poucas obras clássicas foram tão bem adaptadas para o cinema como Édipo Rei, o filme é de 1967,Italiano e com direção de Pier Paolo Passoline, o polemico diretor de Saló.
O Édipo de Passoline começa nos dias atuais, século XX por
assim dizer, onde uma mulher acabou de ter um bebê e o pai esta ausente, quando
o mesmo retorna começa a sentir ciúmes do bebê, pois ele esta roubando a
atenção que a mulher dava para ele. Essa abordagem inicial do Passoline é fantástica,
ele pegou o aspecto psicológico da tragédia de Édipo antes de contar a
história, nessas primeiras cenas vemos a relação de amor entre uma mãe
e seu filho, tem uma cena bem marcante onde ela está dando de mamar para o
filho e a expressão dela é de puro prazer, um prazer que pode se confundir com
o que ela sente pelo marido, essa cena é um dos pontos chaves do filme.
Depois a história migra diretamente para a história clássica
de Édipo, que é tirada diretamente do livro de Sófocles, e é bem fiel ao mesmo.
Claro que devido às limitações financeiras e técnicas do cinema italiano da época,
não há grandes efeitos ou recursos, mas a caracterização do ambiente, de
figurino e os cenários, são muito bons.
O filme ao contrário do livro segue uma estrutura linear da
história de Édipo, começando de quando ele era bebê até o fim da sua história,
a direção de Passolini é espetacular, ele sabe extrair das cenas o que há de
melhor, não há uma ponta fora do lugar, é realmente impressionante, e o fato de
o filme ser em italiano faz com que as cenas dramáticas sejam muito intensas e
barulhentas.
Minha reclamação vem em relação ao som, eu não sei se é
culpa da remasterização do filme ou se sempre foi assim mesmo, os atores dublam
a si mesmos, mas às vezes falta um sincronismo entre as falas, é um pouco
estranho e incomoda, chega a tirar o brilho do filme, mas já percebi que vários
filmes Italianos sofrem do mesmo problema, como La Doce Vitta do Felline.
Se você quer realmente se aprofundar nos clássicos é mais do
que recomendada a leitura de Édipo Rei e o filme também, Passoline é sempre bem
vindo.
eu irei apresentar um trabalho de literatura sobre o livro édipo rei, mas se eu ver o filme eu conseguirei fazer uma apresentaçao descente com o conteudo do filme?
ResponderExcluireu irei apresentar um trabalho de literatura sobre o livro édipo rei, mas se eu ver o filme eu conseguirei fazer uma apresentaçao descente com o conteudo do filme?
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